RESUMO: A postura do mestre como Sócrates leva-nos a pensar o que se pode ensinar e o que se pode aprender. Aprendemos que o professor e tutores em EAD deve ser um mediador do saber. Ele se coloca no mesmo patamar que os seus alunos. Na verdade todos são cooperadores da criação do conhecimento e do saber... “apreender a aprender”.
Se compararmos a postura de Sócrates ao processo de aprendizagem na Educação Aberta e a Distância, pode-se deduzir que o trabalho do professor seja apenas fazer com que o aprendiz retome a verdade da qual se afastou por esquecimento, através do método chamado maiêutica. A metodologia EAD apresenta uma proposta educativa em que o professor assume uma postura na relação com o aluno. Pois ele deve ser apresentar como aquele que não possui o saber.
A contribuição de Sócrates (470-399 a .C.) para a filosofia, ao dedicar-se às questões humanas como a vida, a moral e o bem e o mal é tão evidente, que os filósofos são conhecidos como pré ou pós-socráticos. Na ética, conceituada como parte da filosofia que busca refletir sobre o comportamento humano sob o ponto de vista das noções de bem e de mal, de justo e de injusto esta contribuição não é menos relevante do que nas demais áreas dessa importante ciência que enfatiza o pensar crítico e racional. Ensinar que a ética não envolve somente costumes e leis exteriores, mas principalmente a convicção pessoal adquirida através da reflexão para compreender o que é justo, fornece elementos para uma ação eticamente correta diante das preocupações que o homem apresenta para consigo e com o seu agir.
Um dos questionamentos propostos no início deste estudo é se na educação atual e, em especial na Educação Aberta e a Distância, há espaço para se falar em uma educação emancipadora, e num método ensino aprendizagem que formem alunos críticos, criadores de conhecimentos e saberes, em parceria com os professores da disciplina ora estudada e com os tutores.
A educação, através dos processos de aprendizagem e de ensino, envolve a construção constante de informações e conhecimentos. Em uma sala de aula convencional, imagens e sons fazem parte desta troca: os estudantes vêem e ouvem o professor, o professor vê e ouve os seus alunos e os estudantes vêem e ouvem uns aos outros. A comunicação ocorre verbalmente entre professor e estudantes ou combinada com várias mídias, tais como um projetor de transparências, áudio e vídeo, projetor ligado ao monitor do computador e assim por diante.
Moran define a educação online como “o conjunto de ações de ensino aprendizagem desenvolvidas por meio de meios telemáticos, como a Internet, a videoconferência e a teleconferência”, destacando que a Educação a Distância é um conceito mais amplo. Por exemplo, um curso utilizando o correio tradicional para a troca de materiais entre professor e seus alunos é um curso a distância, mas não poderia ser caracterizado como um curso online.
A participação do aluno deve ser estimulada, da mesma forma que na versão presencial. A “postura crítica” na EAD pode tornar-se mais embasada na teoria, mas isto tem que ser construído. As dinâmicas de participação, no entanto, são distintas, como os próprios alunos identificaram em sua participação, nessa condição do curso a distância. O aluno passa a ter maior responsabilidade sobre seus estudos, pois o processo de aprendizagem é redefinido e apóia-se em uma maior autonomia do aluno.
Torna-se necessário ao aluno reservar um período do dia para realizar as suas atividades de estudo. Deve estar “ligado” nas atividades propostas pelo professor e nos comentários e informações “trocadas” nesta "nova sala de aula". A utilização de um ambiente virtual de aprendizagem para a realização de um curso a distância requer que os alunos participantes tenham principalmente, o habito a realizar atividades de estudo, ensino e pesquisa, isto é, sejam mais "AUTODIDATAS".
Alguns participantes do curso manifestaram que as diferenças substanciais entre alunos de cursos EAD e alunos de cursos presenciais não são muito evidentes ou que até que estas diferenças não são substanciais. Nesses cursos, o aluno não precisa prestar atenção quando não quer, porém precisa ter e se prestar a lidar com um computador, e a ler o material fornecido pelo professora e ir além... pesquisar outros materiais que sejam pertinentes a disciplina ora aplicada.
O perfil do estudante capacitado a ter sucesso na EAD como se conclui é o do sujeito em condições de ser o gestor de seu processo de aprendizagem.
Esta autonomia necessária ao estudante a distância envolve um processo de reflexão, quando o ser humano exercita sua liberdade em optar conscientemente por uma das possibilidades que se apresentam para sua escolha, pois o processo ensino aprendizagem dependerá muito mais do aluno e do seu desejo de aprender, ou desabrochar o conhecimento adormecido em seu interior.
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